Realizada na noite de ontem (10/10), a segunda audiência pública sobre o Programa de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais de Maricá foi marcada pela qualidade dos debates e pela exposição das possíveis estratégias que estão sendo estudadas para a melhoria das condições de absorção dos volumes cada vez maiores de água de chuva que afetam nosso município.
A participação das associações de moradores da região central da cidade trouxe brilho e levantou questões importantes para a realização adequada do programa de drenagem.
Foi lembrada a enchente de abril do ano passado, quando caíram mais de 250mm de chuva em menos de 24 horas em Maricá. Segundo os técnicos, não há rede de drenagem capaz de absorver um volume tão grande de água se espalhando pela cidade em tão pouco tempo. E é por casos como esse que a Prefeitura Municipal de Maricá, através de nós da SOMAR, está empenhada em realizar melhorias no município como um todo. 
A audiência contou com a presença de vários especialistas em drenagem e planejamento urbano, que falaram sobre a perspectiva de bons resultados com as obras que devem ser realizadas no município. Segundo eles, do ponto de vista urbanístico, está sendo proposto o planejamento de intervenções multifuncionais, com o objetivo não só de melhorar o antigo sistema de drenagem com tubulações de pequeno porte, mas trazendo para a cidade uma urbanização que deve levar em conta a capacidade das bacias hidrográficas de absorção das águas pluviais, o conceito “cidade esponja”, além da utilização das áreas ainda não impermeabilizadas pelo crescimento da cidade para criar bolsões que possam receber os fluxos de água das chuvas torrenciais que têm caído com as mudanças climáticas. Piscinões subterrâneos poderão ser implantados em áreas de esporte e lazer. A harmonização entre o ambiente natural e o construído é a meta, conforme palestras apresentadas.
Foram citados como exemplos de boas soluções para o problema das inundações os reservatórios de retenção de Fortaleza, no Ceará, e o parque pluvial de Indaiatuba, no interior de São Paulo.
Participaram Gustavo Camacho, nosso diretor de obras indiretas da Somar; Ana Arcary, representante da Lázarus Engenharia; os professores Osvaldo Rezende e Marcelo Miguez, da Escola Politécnica/UFRJ, este último coordenador do programa de drenagem; e o professor Rodrigo Rinaldi, arquiteto da FAU/UFRJ.
A próxima audiência, ainda na etapa de diagnóstico, está prevista para ser realizada na próxima semana, no dia 17 de outubro, das 18 às 21 horas, no CEPT Leonel de Moura Brizola, localizado na Av. Jardel Filho com Rua 53, s/n, Jardim Atlântico. Mais informações estarão disponíveis no site: www.maricaprogramadrenagem.com.br/
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